A cada ano, a Receita Federal aperfeiçoa os sistemas de informação sobre o contribuinte. Há várias listas com seus dados, que chegam ao Fisco bem antes da declaração. São documentos com envio a bancos, imobiliárias, cartórios, profissionais liberais, hospitais, laboratórios, dos quais você recebeu rendimentos ou aos quais efetuou pagamentos.
Todos têm em comum o número do seu CPF e dão pistas sobre as suas movimentações financeiras. É por aí que a Receita tem à disposição os seus dados para cruzar com o que você lançou na sua declaração.
Em 2022, pouco mais de 1 milhão de contribuintes caíram na malha fina da Receita Federal. Tudo por conta de inconsistências nas informações declaradas no imposto de renda da pessoa física – a DIRPF. Existe uma série de obrigações acessórias que são enviadas ao fisco pelas empresas com as quais se efetua operações de natureza financeira, econômica, fiscal e patrimonial.
Assim, entre elas podemos citar a ECF, a ECD, a DMED, o IRPF e também a DECRED (Declaração de Operações com Cartão de Crédito).
Portanto, entenda que uma vez que tem a posse de todas essas declarações em que as empresas informam as movimentações, a Receita Federal consegue apurar as variações patrimoniais e financeiras.
Por isso, o empresário de qualquer porte de empresa deve manter em dia e em ordem as suas notas fiscais a fim de evitar problemas com o Fisco.